segunda-feira, 25 de março de 2013

Mais uma vez a VEJA expressando "VEJISSE"


Vinicius Gomes de Oliveira

Recife,

A problemática do dia surge a partir de uma discussão da qual não participei, mas presenciei, quieto e angustiado. Essa ocorreu na fila da padaria e tinha como alvo uma reportagem da revista VEJA, que gerou polêmica e uma revolta anestesiada assim que publicada na edição de número 2236, que entre outras afirmações deploráveis uma me castigou mais: "O ensino de sociologia e filosofia no ensino médio serve apenas para massificar ideais esquerdizantes". 

Já nem lembrava mais desse absurdo, talvez pelo volume de informação que nos acomete nessa tal pós-modernidade, e os sujeitos da fila da padaria inflamaram o que restou do castigo. Ambos concordavam com a afirmação e argumentavam em defesa de "VEJA". Triste fato que não consigo apagar ou transformar, pois não tenho os recursos necessários e apenas um espirito inquieto, impossibilitado de interferir na materialidade com a mesma intensidade da instituição mídia, controlada de forma abusiva por sujeitos que lucram com a venda de notícias e de tempo convertido em publicidade.

Talvez seja mesmo impossível fugir dessa fatalidade factual e melhor assimilar o conformismo como saída para uma vida menos desconfortável, pois não temos como alterar, ao menos de imediato, o status quo do nosso "Admirável Mundo Novo" (Aldous Huxley) controlado pelo "Big Brother " de "1984" (George Orwell) em parceria com o "Cidadão Kane". NOSSA, deu medo esse meu pessimismo teórico!

Será que vale o tempo gasto e a energia consumida para produzir uma critica sobre o ocorrido na padaria e do editorial de "VEJA"? Pouco provável que valha! Melhor manter minha revolta anestesiada, pois é bem provável que esse escrito não passe de uma postagem que em momento algum terá mais força e respaldo, sofístico, que as VEJISSES de "VEJA".


Texto de Vinicius Gomes de Oliveira

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