sábado, 16 de agosto de 2014

O QUE É A VIDA?


Vinicius Gomes de Oliveira

Hoje, segunda-feira 28/07/2014, no percurso para o trabalho de carona com Osvaldo Braga, onde também estavam presentes Pollyanna Torres e Paty Calado, tive a oportunidade de conhecer uma música de Tom Zé (Senhor Cidadão) que expressava o seguinte pensamento:

"Oh senhor cidadão,
eu quero saber, eu quero saber
com quantos quilos de medo,
com quantos quilos de medo
se faz uma tradição?"

EXTRAORDINÁRIO! Afinal é uma composição de Tom Zé; e a mesma me fez lembrar uma frase que ouvi ao assistir a um filme, (creio que pela 20ª vez) cujo título é "Peaceful Warrior". Eis a frase: "VIDA? Não perca seu tempo tentando entendê-la, pois ela é um mistério. Viva-a intensamente!" Essa frase, na minha humilde opinião, é o único desacerto do/no filme.

Talvez alguém questione a existência de conexão entre o trecho da música e a frase no filme. Se há, não sei; talvez Freud explique.Contudo, vamos ao que interessa...

A vida em suas esferas orgânica, mental e histórica é um Processo de Mudanças e Permanências que produz mecanismos funcionais e disfuncionais de aperfeiçoamento, sendo encontrada na esfera histórica um elemento chamado TRADIÇÃO, que é pensada pelos cientistas sociais como uma espécie de raiz das culturas. Isso quer dizer que ela, a Tradição, serve à cultura os nutrientes necessários para manutenção de sua existência, de sua vida, de seu processo de mudanças e permanências. Dessa forma, essa raiz contribui para com a ORDEM, o que leva muitos a pensarem que a integridade física da mesma deve ser conservada e não preservada, longe do contato e do questionamento humano. O medo da DESORDEM contribui na criação e permanência de uma TRADIÇÃO e muitos resolvem agir com desrespeito, de forma violenta e assim geram movimentos e permanências desajustadas, instáveis, disfuncionais.

A TRADIÇÃO não é, como muitos pensam, algo arcaico, ultrapassado; ela é na verdade um dado atual que deve ser metodicamente compreendido, tendo em vista a importância do convívio saudável entre gerações, grupos e indivíduos distintos e semelhantes, concordantes e discordantes.

Talvez seja a hora de expressar que podemos e devemos buscar entender a vida e perceber que o tempo da MUDANÇA é o mesmo da PERMANÊNCIA e o da CORAGEM é o mesmo do MEDO. Sendo assim, respeitar o MEDO alheio é respeitar a CORAGEM de não querer MUDAR, da mesma forma que respeitar a CORAGEM alheia é respeitar o MEDO de PERMANECER.

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