quarta-feira, 10 de julho de 2013

COMO A NÃO VIOLÊNCIA PROTEGE O ESTADO

Por Peter Gelderlos

Ward Churchill defendeu que o pacifismo é patológico. Eu diria que, no mínimo, o avanço da não violência como pratica política questionadora, depende, no contexto atual, de um grande número de ilusões. Por onde começar?

Preciso dizer que as vitorias da não violência naão foram realmente vitorias, exceto para o Estado e para o capitalismo. Na independência daÍndia, por exemplo, eles escolheram transferir o território de um controle colonial direto para um controle neocolonia, Que tipo de vitória permite que o lado perdedor dite o tempo e a maneira como o lado vitorioso ascederá acotovelo? Os britânicos redigiram a nova constituição e entregaram o poder aos seus sucessores, escolhidos a dedo. A Índia continua sendo explorada pelas corporações euro/americanas econtinua e continua provendo lucros e mercado para os estados imperialistas. Em vários sentidos a pobreza de seu povo se pronunciou e a exploração se tornou mais eficiente. A independência  do controle colonial deu à Índia maior autonomia em algumas áreas, e certamente permitiu que um punhado de indianos se sentasse em algumas cadeiras do poder, mas a exploração e a mercantilização dos bens comuns se aprofundaram.

Freqüentemente, os pacifistas preferem caracterizar-se com os certos ao invés de defenderem suas posições co argumentos. À maioria das pessoas que ouviram argumentos sobre a não violência lhes são familiar a ideia de que a não a violência é a errada, vândala, arruaceira. Isso é absurdo, a não violência é ensinada pela mídia, legitimada pelos governos. As pessoas que escolhem se comprometer com a não violência estão garantindo um futuro mais confortável para si do que para aquelas que estão a margem do sistema.

Os pacifistas iludiram a si mesmos, relacionando o ativismo revolucionário com uma atuação impulsiva e irracional, proveniente unicamente de "raiva". Na verdade, na história do ativismo revolucionário, em algumas de sejas manifestações, tem um forte caráter inteligente e combativo. Depois dos distúrbios de Detroit, em 1967, uma comisão do governo achou queo típico desordeiro negro (além de estar orgulhoso de sua raça hostil com os brancos e negros da classe media) é substancialmente melhor informado sobre política do que os negros que não se envolveram com os distúrbios". George Jackson educou a si mesmo dentro da prisão, e, em sues escritos, enfatizou a necessidade dos militantes negros de estudar as relações históricas com seus opressores e de aprender os "princípios científicos" de guerrilhas urbanas. Os Panteras Negras leram Mao, Kwame Nkrumanh e Frantz Fanon, e requeriam que novos membros educassem-se acerca de teorias políticas por trás de sua revolução.

O poder público pode prender, torturar e matar todos os organizadores; conduzir um movimento à desgraça; e restaurar a ordem nas ruas. Uma população rebelde que faz protestos ou lança pedras, nao pode confrontar um exercito que tem carta branca para o uso de todas as armas do seu arsenal. Mas atrás das portas fechadas, os líderes dos países concordam que estes métodos não são os preferíveis, são o ultimo recurso. Utiliza-los destruiria a ilusão da democracia por anos, como visto em São Paulo, afastando os turistas e investidores, causando danos à economia.

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